Maria Sassetti
Nasceu em Lisboa, em 1986.
Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, prosseguiu a sua formação em Londres, no Chelsea College of Art and Design. Desde 2007 participou em várias exposições, em projectos individuais, colectivos e co-autorais, desenvolvendo um corpo de trabalho que debate as condições do espaço, as memórias e narrativas dos lugares, situações efémeras e de tensão, através da instalação de desenho e objectos. Destas exposições destacam-se (2016) Tudo o que se Imagina, Museu Geológico, Lisboa; Mamba de Jameson, Pensão Amor, Lisboa; (2015) Circuitos de Repetição, Viarco e Oliva Creative Factory, S. João da Madeira; (2014) Oscilação, Casa Álvaro de Campos, Tavira; Estado de Sítio, Plataforma Revólver, Lisboa; Carta Náutica, Carpintaria Mecânica - Museu da Carris, Lisboa; (2012) Spectrum, Casa Museu Medeiros e Almeida; Zona Desactivada, Museu da Carris, Lisboa; (2011) O Espaço em Paralaxe, Observatório Astronómico de Lisboa, entre outras.
Em 2011, estagiou no Centro Cultural Wave Hill, em Nova Iorque, onde integrou a equipa de curadoria e produção. É membro fundador dos Tempos de Vista realizando projectos expositivos e de curadoria com o Colectivo e integra, desde 2015, o Atelier Contencioso.
Fez desenho de cena e performance para a leitura encenada da Odisseia, Suites Mitológicas no Castelo de S. Jorge (2013), e é actualmente ilustradora para a infância na Alethêia Editores, monitora no Serviço Educativo do Museu da Carris e formadora de Desenho na Odd-School.
O processo criativo passa por uma revisitação do passado, de objectos e documentos que suscitem interesse investigativo e que de alguma forma sejam consequentes na contemporaneidade. É, em si, o reflexo de uma profunda preocupação com a inevitável perda de memória/as a que estamos sujeitos enquanto indivíduos, mas também como parte integrante de um sistema cultural e histórico estabelecendo um forte vínculo com situações e elementos efémeros e em tensão. Essa relação é acentuada através do uso de vários suportes e técnicas, e em específico, através da revisitação de lugares e suas narrativas próprias.
Nos últimos anos trabalhou essencialmente em desenho e instalação, abordando questões processuais, de repetição, criação de identidade, codificação e arquivos.
Maria Sassetti