Rui Castanho
Exposições individuais:
Picture me gone, Museu António Duarte, Caldas da Rainha, 2015;
Quando os céus não tinham nome, a terra ainda não tinha nome, CAAA, Guimarães, 2014;
Experiência n56, Eletricidade Estética, Centro de Artes Caldas da Rainha, 2013
Exposições Colectivas:
Sonic Youth, Galeria Municipal de Arte, Almada, 2019;
Cá/lá, Rui Castanho + Samuel Managil, ZDB, Lisboa, 2019;
Fica assim, Luisa Cunha+Rui Castanho, Buraco, Lisboa, 2019;
I will take the risk, Tomaz Hipólito Studio, Lisboa, 2019;
Bolseiros e Finalistas, Ar.Co, Lisboa, 2019;
Forehead, Atelier de Gonçalo Preto e Rui Gueifão, FEA, Lisboa, 2018;
Nome Do Meio”, Moradia, Lisboa, 2018;
Germes Gang, curated by Germes Gang, Galeria Bardo, Lisboa, 2018;
Missing the Points, Eletricidade Estética, Caldas da Rainha, 2018;
Casa Ocupada, Casa da Dona Laura, Lisboa, 2016
Desenho é composição, matéria, cor, espaço. Composição como fator primordial do(s) diálogo(s) que proponho entre os diferentes elementos.
Matéria como substância física que apresenta volume. Cor como característica intimamente ligada
à matéria: não é aplicada sobre a matéria, faz parte da mesma. Espaço compreendido como um intervalo de tempo gerado pela presença dos elementos anteriormente descritos, como um novo momento em determinado contexto.
Neste processo onde a cor tem o poder de mudar aparentemente a materialidade e por consequência o peso e as texturas, encenam associações imediatas a outros materiais que não o são, a linguagem visual sofre distorções. Um jogo onde os elementos que compõem as peças, individualizam-se ou agrupam-se criando diferentes momentos no espaço. Trabalhar com diferentes matérias desenrola possibilidades inesperadas, opacidade, comportamentos de cor, textura, peso e processos diferentes.
Apesar das peças serem tridimensionais e não estarem reféns a um(original) suporte, há sempre uma forte relação com a pintura. Interessa-me que a linha no meu trabalho esteja ligada ao universo da pintura. por ser aquele
que formalmente se monta num suporte bidimensional, espaço ilusório, económico, onde tudo é possível.
Apesar de trabalhar fora desse plano, interessa-me trazer esse campo de ilusão e pictórico para o espaço tridimensional e na relação das peças com o corpo procurar outro tipo de movimentos. Nasce um “espaço” novo, um tempo sem chão, com distancias e associações que jogam entre o olho cego e o contemplativo.
Existe nas peças uma falsa aparente função que sugere um movimento performativo, outro jogo a ser jogado, abrindo nelas com o espectador, possibilidades, fins deixados em aberto.
Rui Castanho