Hugo Rodrigues Cunha
Hugo Rodrigues Cunha nasceu em Lisboa em 1974. É professor e artista.
Licenciado em Ensino de Física e Química, concluiu o Curso Avançado de Fotografia no Ar.Co em 2012, sob orientação de Sérgio Mah e Pedro Tropa. Frequenta o Doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, onde desenvolve uma tese sobre "A Questão do Lugar" em Fernanda Fragateiro e Roni Horn.
Em 2008 venceu o Prémio Novos Talentos FNAC – Fotografia. Entre 2008 e 2011, pertenceu ao coletivo Le Journal de la Maison (LJM), com o qual organizou e participou em diversas exposições. Em 2011 foi-lhe atribuída a bolsa BES Ar.Co. Teve como professores, entre outros, Sérgio Mah, Pedro Tropa, Manuel Castro Caldas, João Paulo Serafim, Sara Antónia Matos, Bruno Marchand, Daniel Malhão, Cláudio Melo e Bruno Sequeira.
Exposições individuais seleccionadas:
2011
Memória e SER, Galeria Pickpocket, Lisboa
2010
Still Watching You, Livraria Fonte de Letras, Montemor-o-Novo
2009
Um Ponto Exacto para Ver, FNAC (várias lojas), diversas localizações, de 2008 a 2009, Portugal; Mar Interior, Biblioteca Municipal de Alenquer, Portugal
Exposições colectivas seleccionadas:
2016
mOstra'16, Lisboa / Porto, Portugal
2015
Motel Coimbra, 18.ª Bienal de Cerveira, Castelo de Vila Nova de Cerveira, Portugal
2014
Mostra da 17.ª Bienal de Cerveira, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal
2013
17.ª Bienal de Cerveira, Forum Cultural, Portugal
2012
12.ª Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, Celeiro da Patriarcal, Portugal
2011
A Bolha Invisível, Fábrica do Braço de Prata, Lisboa; A Bolha Invisível, Experimenta Design, Lisboa, Portugal — LJM
2010
Bienal de Arte Jovens VaLoures, Galeria Municipal de Loures, Portugal
2009
À vontade do Freguês, Pavilhão 28 do Hospital Júlio de Matos, Lisboa, Portugal — LJM; Outros enredos, a mesma trama, Livraria Trama, Lisboa, Portugal — LJM
A minha prática artística tem origem na fotografia. No entanto, as minhas pesquisas têm-me levado para outros domínios da Arte, em particular a escultura, onde o concreto do objeto e as texturas da matéria têm particular importância.
Com origem na paisagem e no trilhar de um percurso a pá, o trabalho que construo transita da dimensão concreta de cada local para uma impressão mais abstrata e alegórica de um lugar poético, quer pelas imagens que vou escolhendo registar, quer na recolha instintiva de pedras e objetos que faço no caminhar. Da experiência do território percorrido recolho a paisagem e a solidez ou volatilidade da matéria (a pedra, a terra, a água, a lava,…). O lugar próprio que construo resulta assim de um modo lento de fazer e de um insistente sentimento de permanência e de silêncio.
Palavras: Lugar, Permanência, Silêncio, Poética, Música (porque a música é-me intrínseca).
Aforismo: Não podendo haver música, resta o silêncio.
Hugo Rodrigues Cunha